Tempo
Clima traz alívio para a estiagem
Após três meses de tempo seco, chuva reaparece em municípios da região
Leandro Lopes -
As chuvas registradas segunda (13) e terça-feira (14) dias deram fim a um dezembro seco na Zona Sul do Estado. Das 22 cidades, apenas sete haviam registrado precipitações nos 13 dias do último mês do ano. Logo, a chuva serviu de alívio após uma curta estiagem. Em apenas 24 horas, o município de Arroio Grande alcançou 81 milímetros acumulados, sendo o mais atingido. As previsões apontam que a chuva permanece até quinta-feira (16) e será seguida por um novo período seco.
Após um final de semana e uma segunda-feira marcados pelo calor intenso, a chuva chegou com força ao Rio Grande do Sul. Diferentemente dos ventos fortes e temporais registrados no Norte do Estado, inclusive com ocorrência de tornado em Lagoa Vermelha, na Zona Sul as precipitações mais fortes e localizadas ocorreram em diversas cidades.
O município mais atingido foi o de Arroio Grande, que registrou 81 milímetros até as 18h de terça. Em nota, a prefeitura afirmou que não houve ocorrências de grandes alagamentos e o aguaceiro se concentrou, em sua maior parte, na zona rural, que estava carecida devido ao período de plantações típicas da região. Entretanto, a Secretaria Municipal de Assistência Social e a Defesa Civil Municipal confirmaram que duas pessoas, uma idosa e um jovem, foram acolhidos após as águas invadirem suas residências.
Já na cidade de Canguçu, foram 46 milímetros. Informações de moradores dão conta de que a chuva foi torrencial, mas sem grandes registros de alagamentos. Em Pelotas, o acumulado de terça-feira ficou em 30 milímetros e, em Rio Grande, em 5,4 milímetros.
Embora a melhora no cenário durante esta semana, o prognóstico para os próximos dias não é tão positivo. De acordo com o meteorologista da Sigma Meteorologia, Fernando Rafael, até o final do ano, de modo geral, o acumulado de chuvas ficará entre 15 a 20 milímetros, considerado baixo, sendo o setor Norte da Lagoa dos Patos o que contará com o maior volume.
Alívio
Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) constam que, assim como os meses anteriores, o dezembro também foi de tempo seco nas cidades da região. Apenas Amaral Ferrador (1,7 mm), Candiota (1,7 mm), Pedras Altas (1,5 mm), Pinheiro Machado (1 mm), São José do Norte (1,4 mm), São Lourenço do Sul (3,1 mm) e Tururçu (1,3 mm) registraram precipitações.
De acordo com o levantamento, com base nos dados da Agência Nacional de Águas (Ana), uma estiagem como a sentida nos meses de outubro e novembro não era presenciada desde 1974. O meteorologista Fernando Rafael confirma que o cenário atual é de meses de chuva muito abaixo da média. “A média dos meses de outubro e novembro é de 92 milímetros e tivemos acumulados esse ano apenas 60. Os dados são daqui da sede [da Sigma Meteorologia] do município, porém algumas regiões do interior não registraram chuva desde 13 de outubro”, finaliza.
A resposta para o padrão irregular e mal distribuído das precipitações pode estar atrelado ao fenômeno La Niña, em atuação desde o final da primavera. No Estado, a previsão é de que as chuvas abaixo da média sigam até junho de 2022.
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